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GLUTATIONA PEROXIDASE E DESEQUILÍBRIO DE RADICAIS LIVRES.

sábado, 19 de fevereiro de 2011
Glutationa e açáo de enzimas peroxidase, oxidase e redutase.
Imagem do artigo descrito, leia na íntegra.
Glutationa, um tripeptídeo (g-L-glutamil-L-cisteinil-glicina), existe no organismo em suas formas reduzida (GSH) e oxidada (GSSG), atuando direta ou indiretamente em muitos processos biológicos importantes, incluindo a síntese de proteínas, metabolismo e proteção celular.


Glutationa peroxidase possui uma característica importante, apresentando um resíduo de cisteína contendo selênio covalentemente ligado ao restante da enzima. O selênio foi caracterizado como um componente essencial da enzima em 1973 e a forma do selênio na enzima, presente em fígado de rato, foi identificada em 1978 como uma selenocisteína. A deficiência de selênio no organismo, um nutriente essencial, apresenta uma diminuição na atividade desta enzima em sua forma reduzida, e tem sido associada com alterações no metabolismo celular.

Glutationa e as enzimas que fazem parte do ciclo catalítico deste peptídeo, apresentam associações com alterações dos estados antioxidantes e com o aumento do estresse oxidativo. Estas alterações implicam em lesões de DNA gerando processos pré-mutagênicos e podendo levar, em alguns casos, ao câncer. Desta forma, a quantificação de glutationa pode indicar uma possível correlação entre a diminuição das atividades de enzimas antioxidantes, como a glutationa peroxidase, e o aumento nos níveis de bases de DNA lesadas devido ao dano oxidativo, comprovando a hipótese de que reações que levam à formação de radicais livres podem aumentar a quantidade de células malignas.

O desequilíbrio entre a formação e a remoção dos radicais livres no organismo, decorrente da diminuição dos antioxidantes endógenos ou do aumento da geração de espécies oxidantes, gera um estado pró-oxidante que favorece a ocorrência de lesões oxidativas em macromoléculas e estruturas celulares, inclusive podendo resultar na morte celular. Este tipo de lesão oxidativa é definida como estresse oxidativo que designa uma condição na qual ocorre um desequilíbrio entre as concentrações de espécies pró e antioxidantes

Fonte: Laércio Rover Júnior, Nelci Fenalti Höehr* e Adriana Paula Vellasco. Sistema antioxidante envolvendo o ciclo metabólico da glutationa associado a métodos eletroanalíticos na avaliação do estresse oxidativo. Quím. Nova vol.24 no.1 São Paulo Jan./Feb. 2001.

Sendo a glutationa uma das defesas endógenas antioxidantes mais importantes no organismo, neutralizando radicais livres, ainda ela pode maximizar atividades de antioxidantes exógenos, como o ácido ascórbico. O desequilíbrio entre a produção e neutralização de radicais está ligada à doenças como o câncer, os dois principais meios de defesa antioxidantes no organismo podem ser divididos em enzimáticos e não enzimáticos.

Os enzimáticos envolvem a glutationa e demais enzimas, os não enzimáticos, incluem tocoferóis, ácido ascórbico, betacaroteno, selênio, zinco, Q10... alimentos e suplementação, quando necessário tornando-se de fundamental importância à defesa antioxidante. Há duvidas quanto a importância dos alimentos que você consome?


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