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IMC NA AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Indivíduos com sobrepeso ou até mesmo eutróficos podem
apresentar risco de alterações metabólicas devido a valores elevados
de circunferência da cintura.
imagem disponivel no artigo, leia na íntegra.

O índice de massa corporal (IMC) e a medida de circunferência da cintura (CC) têm sido amplamente utilizados na avaliação do excesso de peso e da obesidade abdominal; são medidas recomendadas pela World Health Organization e pelo National Heart, Lung, and Blood Institute of the National Institute of Health.

Segundo os pontos de corte recomendados por esses órgãos internacionais, o risco de morbidade em homens adultos eleva-se à medida que o indivíduo migra da categoria de IMC normal (IMC: 18,5 a 24,9kg/m²) para a categoria de sobrepeso (IMC: 25,0 a 29,9kg/m²) ou obesidade (IMC > 30kg/m²), e quando apresentam a medida de circunferência de cintura maior ou igual a 94cm e/ou quando a relação cintura-quadril é maior ou igual a 1,0.

É importante ressaltar que as categorias de IMC de adultos não são diferenciadas segundo o sexo, além de abranger uma ampla faixa etária (20 a 59 anos). Um fator que limita a aplicação do IMC é que ele não é capaz de fornecer informações relacionadas com a composição corporal. Pessoas com elevada quantidade de massa muscular podem apresentar elevado IMC, mesmo que a gordura corporal não seja excessiva.

Apesar de o IMC não fornecer informações relacionadas com a quantidade e distribuição da gordura corporal, muitos estudos demonstram a sua importância na avaliação do risco de mortalidade. Em adultos, observa-se que valores extremos de IMC aumentam o risco de mortalidade.

Para a circunferência da cintura, os pontos de corte de 94cm e 102cm para o sexo masculino foram determinados com base na correspondência desses valores com o valor de IMC > 25kg/m² e > 30kg/m², respectivamente. Entretanto, estudos têm demonstrado que indivíduos com IMC normal podem apresentar medida de circunferência de cintura elevada.

No que diz respeito ao uso do IMC para avaliar o excesso de gordura corporal, assim como neste estudo, resultados da literatura confirmam a necessidade de utilizar outras medidas antropométricas ou computar a composição corporal juntamente com o IMC na avaliação do estado nutricional.

O aumento de gordura corporal, principalmente na região abdominal, observado com o aumento da idade pode tornar a utilização do IMC cada vez mais limitada na avaliação do estado nutricional, já que indivíduos com sobrepeso ou até mesmo eutróficos podem apresentar risco de alterações metabólicas devido a valores elevados de circunferência da cintura, como encontrado neste estudo.

Os resultados desta pesquisa demonstraram que os indicadores antropométricos foram altamente correlacionados e que o IMC maior ou igual a 25kg/m² apresentou alta sensibilidade, sendo adequado para estudos populacionais com objetivo de identificar obesidade abdominal e elevado percentual de gordura abdominal. No entanto, os valores preditivos são baixos, o que contraindica seu uso de maneira isolada na prática clínica.

Fonte: Fabiane Aparecida Canaan Rezende; Lina Enriqueta Frandsen Paez Lima Rosado; Sylvia do Carmo Castro Franceschinni; Gilberto Paixão Rosado; Rita de Cássia Lanes Ribeiro. Aplicabilidade do índice de massa corporal na avaliação da gordura corporal. Rev Bras Med Esporte vol.16 no.2 Niterói Mar./Apr. 2010.

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