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Proteínas funcionam como chaves para desligar ansiedade.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
O papel da proteína urocortina
no retorno ao estado normal após situações.
A ansiedade é algo normal e muitas vezes desejável, sendo parte daquilo que ajuda o homem a superar perigos e ameaças, por exemplo. Mas, tão importante quanto a ansiedade, é o retorno ao estado normal.

Quem tem dificuldade de "desligar" o estado pode desenvolver distúrbios de ansiedade, estresse pós-traumático e depressão.
Entender como o organismo humano responde a estados de estresse agudo é o que motivou a pesquisa conduzida por Alon Chen e seus colegas no Departamento de Neurobiologia do Instituto de Ciência Weizmann, em Israel.

Urocortinas
Os cientistas dirigiram o estudo para uma família de proteínas que tem papel importante para regular o mecanismo do estresse. Uma dessas moléculas, a CRF, é conhecida por iniciar uma sequência de eventos que ocorrem quando uma pessoa se sente pressionada.
A pesquisa identificou evidências de que três proteínas, denominadas urocortina 1, 2 e 3, atuam no desligamento da resposta ao estresse.
Os pesquisadores geraram camundongos geneticamente modificados para que não produzissem as três urocortinas e usaram outro grupo controle, de animais normais.

Ao serem submetidos a situações estressantes, os dois grupos reagiram de modo semelhante.
As diferenças foram percebidas 24 horas depois, quando o grupo controle havia voltado ao estado normal, mas o outro ainda estava com os mesmos níveis de ansiedade observados logo após o episódio estressante.

Resposta ao estresse
Para tentar entender os mecanismos de ação das proteínas, Chen e colegas analisaram os dois grupos de camundongos para níveis de expressão de genes com papel conhecido na resposta ao estresse.

Os cientistas verificaram que os níveis de expressão genéticos permaneceram constantes durante e após o estresse nos animais geneticamente modificados. Os padrões se alteraram consideravelmente no grupo controle.
Segundo os cientistas, o motivo é que no primeiro grupo o sistema urocortina não pode ser ativado, impedindo os animais de retornarem ao estado normal.

"Os resultados implicam que o sistema urocortina tem um papel central na regulação das respostas ao estresse. Isso poderá ter implicações para o estudo de distúrbios de ansiedade, depressão e anorexia", disse Chen.


Complementando

Modelos genéticos e estudos epidemiológicos têm contribuído para a compreensão da fisiopatologia das doenças relacionadas ao estresse. O hormônio liberador da corticotrofina (CRH) pertence à família dos chamados peptídeos relacionados ao CRH, junto com a urocortina, urocortina II (ou peptídeo relacionado à estressecopina) e urocortina III (ou estressecopina). O CRH é o maior estimulador da secreção hipofisária de ACTH em humanos, e tem um papel importante na resposta fisiológica ao estresse. O CRH e seus receptores (tipos 1 e 2) estão difusamente distribuídos em todo o sistema nervoso central (SNC) e, em menor proporção, em tecidos periféricos. A distribuição dos receptores no SNC mostra ampla variabilidade entre as espécies. Os neurônios do CRH modulam a função autonômica e do sistema límbico. O CRH tem importantes efeitos, também, nos sistemas cardiovascular, metabólico e comportamental.

Fonte: Ayala; Alejandro R. Corticotropin-releasing hormone antagonists: update and perspectives. Arq Bras Endocrinol Metab. Vol.46 no.6 São Paulo Dec. 2002. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27302002000600004&script=sci_arttext

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