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EM BUSCA DO TEMPO IDEAL.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015
Bill Gates, fundador da Microsoft, tem uma frase célebre que exalta os preguiçosos. “Eu sempre vou preferir chamar uma pessoa preguiçosa para fazer uma tarefa difícil, porque ela vai achar o jeito mais fácil de fazê-la.” Pesquisadores acabam de levar este conceito para a área de fitness. Estudos internacionais buscam o tempo mínimo de exercícios físicos com o máximo de melhora na saúde e longevidade. Tanto para combate ao câncer quanto para prevenir o desgaste de órgãos vitais como cérebro e rins, os cientistas chegaram ao consenso de que 225 minutos semanais de treinamento intenso, como corrida ou uma partida de tênis, são o suficiente. É o equivalente a pouco mais de 32 minutos por dia. A partir desse nível, os impactos na qualidade de vida permanecem os mesmos, segundo as estatísticas. A ideia, que dá o título a um dos artigos recentemente publicados, é a de que “mesmo um pouco é bom.”

RITMO
Bruna Rossi diminuiu sua corrida de 60 para 30 minutos
ao dia, pois estava se sentindo esgotada

Os cariocas Alan Sabota e Bruna Rossi possuem rotinas completamente diferentes. Ela, de 23 anos, corre até quatro vezes por semana numa média de 30 minutos por dia. “Corro pra fugir do sedentarismo e porque amo correr mesmo. Fazia uma hora, mas senti que estava demandando muito esforço do meu corpo para uma meta que era simplesmente me manter saudável. Baixei o tempo até não provocar um esgotamento e vi que 30 minutos era o perfeito para mim”, diz a jovem, recém formada em comunicação. Já Sabota, de 37 anos, é treinador de artes marciais e participa de competições esportivas. Sua preparação física envolve uma agenda elaborada com treinos diários de diferentes durações e intensidades de segunda a sexta-feira, podendo ir de uma hora até três horas por dia num total de 660 minutos semanais. Muito mais saudável que Bruna, certo? Errado.

ESFORÇO
O treinador de artes marciais Alan Sabota costuma treinar, em média, três horas por dia

Pesquisadores da universidade de Harvard e do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos se reuniram para analisar dados sobre a saúde e os hábitos de 661 mil pessoas. Com base em seis outros estudos, eles desenvolveram uma avaliação da quantidade e da intensidade dos exercícios e perceberam uma conexão com a longevidade de cada indivíduo. O foco principal foi encontrar um padrão entre os casos de câncer ou de doenças vasculares cerebrais comparados com a rotina de ginástica (leia quadro). “Nossas descobertas sobre o formato da curva no gráfico de atividade física versus mortalidade mostram que há um platô a partir de 225 minutos semanais”, afirma a principal autora do artigo, Hanna Arem, PhD em doenças crônicas e epidemiologia. No quadro de estatísticas da pesquisadora, os cariocas Sabota e Bruna estariam distantes apenas 2% em riscos de mortalidade, apesar dele fazer 540 minutos a mais de exercícios por semana. Atividades consideradas “moderadas”, como caminhar, no entanto, demandariam mais tempo, segundo o estudo. O gráfico atinge o limite na média de 450 minutos semanais. É a ciência acabando com as desculpas dos preguiçosos em cuidar da saúde.



Fonte: Istoé.

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