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TEFF: VALOR NUTRICIONAL.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Origens
Teff, de nome botânico (Eragrostis tef – “lovegrass“), é uma planta da família das gramíneas. Eragrain é uma forma mais avançada do milho teff originária da Etiopia. É um antigo cereal cujas sementes foram descobertas numa pirâmide construída no ano 3359 aC. A planta foi cultivada para consumo humano, principalmente na Etiópia e Eritreia.

Acredita-se que seu cultivo teve início na Etiópia entre 4000 e 1000 AC. Estudos genéticos apontam o Eragrostis pilosa como o seu antepassado selvagem mais provável.

Características
É resistente a climas rigorosos quentes e secos. Também é cultivado em solos alagados. Apresenta maior produtividade em altitudes de 1800 a 2000 metros com 450 a 550 milímetros de chuva e temperaturas entre 10 e 27 °C.

A delicada erva, que atinge entre 40 e 80 cm de altura, culmina em uma bandeirola medindo entre 15 e 35 cm, com botões multiflorais cujos grãos, que têm uma media 1-1,5 mm de espessura, são a fonte da farinha.

É uma semente pequena com colorações variadas (do branco passando pelo vermelho até ao castanho escuro). Os tipos mais claros possuem um sabor mais suave mas todos são igualmente nutritivos.

Como os grãos são tão pequenos, é impossível separá-la da casca, pelo que a farinha contém as sementes e a casca. Esta circunstância faz com que a farinha tenha uma cor mais escura que aparece também em todos os produtos com ela confeccionados. O aroma do grão completo é leve, agradável e bastante doce.

Graças a seu pequeno tamanho (cerca de 1 milímetro de diâmetro ) e sua facilidade de cultivo favoreceu um estilo de vida semi-nômada.

Valor Nutricional
Um carboidrato complexo, é rico em fibras, não apresenta glúten, contém cálcio, fósforo e magnésio. A farinha é útil para fazer biscoitos, pães, bolos.. inclui em caldos e sopas, além de sucos e vitaminas. 
O grão tem uma concentração elevada e variada de nutrientes: cálcio, ferro, cobre, alumínio, bário, fósforo e tiamina. É rico em glicídeos. O ferro contido no Teff é facilmente absorvido pelo organismo.

A farinha de Teff é extremamente fácil de digerir e contém uma grande quantidade de proteínas (12 - 14%) com importantes aminoácidos essenciais. Tem níveis de lisina mais elevados do que o trigo ou a cevada. Teff é pobre em gorduras e rico em fibras, vitaminas e minerais.
A farinha de Teff também é isento de glúten de acordo com os regulamentos do Codex Alimentarius, satisfazendo assim as necessidades dos consumidores modernos.

Cultivo
O Teff é mais intensamente cultivado nos planaltos da Etiópia que é o maior produtor mundial (o Teff é responsável por aproximadamente um quarto da produção total de cereais deste país) e também na Eritréia, Índia e Austrália.

Consumo
Tradicionalmente, o Teff é usado na culinária da Etiópia e da Eritréia para a preparação de um tipo de pão, o injera.

A farinha de Teff tem excelentes propriedades de panificação e permite saborosos produtos com uma textura flexível e elástica.

Exaustivos testes e ensaios de gosto com provadores demonstraram que os produtos feitos com farinha de teff constituem uma saborosa e saudável alternativa sem glúten, para a farinha de trigo. Tal como a farinha de trigo integral, o Teff contém todos os nutrientes essenciais.

A sua farinha revelou-se particularmente versátil, sendo assim uma boa base para uma ampla selecção de deliciosos produtos finais que vão de pães até diversos outros produtos de padaria, lanches, massas e panquecas.

Teff também é adequado para uso como um espessante para sopas e molhos.


Referências 
a b National Research Council (1996-02-14). "Tef". Lost Crops of Africa: Volume I: Grains. Lost Crops of Africa. 1. National Academies Press. pp. 222. ISBN 978-0-309-04990-0. http://books.nap.edu/openbook.php?record_id=2305&page=215. Retrieved on 2008-07-18. 
^ Anon. 1887[specify
^ Ingram AL, Doyle JJ, The origin and evolution of Eragrostis tef (Poaceae) and related polyploids: Evidence from nuclear waxy and plastid rps16.American Journal of Botany 90 (1): 116-122, 2003 
^ Germer, Renate (1985). Flora des pharaonischen Ägypten. Mainz: von Zabern. ISBN 3-8053-0620-2
^ Eleni Zaude Gabre-Madhin, Market Institutions, Transaction Costs, and Social Capital in the Ethiopian Grain Market. Washington, DC: International Food Policy Research Institute, 2001 
^ G. BELAY, H. TEFERA, B. TADESSE, G. METAFERIA, D. JARRA and T. TADESSE. 2006. Participatory Variety Selection in the Ethiopian Cereal Tef (Eragrostis Tef). Experimental Agriculture 42:91-101. 

Fonte: Glutamine.

1 comentários:

{ Unknown } at: 11 de setembro de 2020 às 17:54 disse...

Gostei muito, onde comprar tanto as sementes quanto a farinha?

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