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ROMÃ CONTRIBUI À LONGEVIDADE.

segunda-feira, 25 de julho de 2016
Urolitina
A equipe do professor Johan Auwerx, da Escola Politécnica Federal de Lausane (Suíça), se propôs a investigar se a fama da romã de ser tão benéfica para a saúde tem base real - e, se tiver, como ela libera seus benefícios.

No processo eles chegaram à urolitina A (UA), um subproduto químico produzido por nosso organismo quando consumimos suco de romã, morango ou nozes.

E quando eles ministraram a substância pura a animais de laboratório, o efeito foi surpreendente.

Os vermes Caenorhabiditis elegans - modelos preferidos pelos cientistas para estudar o envelhecimento e alongevidade - que receberam urolitina junto com a alimentação viveram uma média de 45% mais tempo. Em uma comparação direta com um ser humano que tivesse uma expectativa de vida de 90 anos, isso equivaleria a fazê-lo viver por 130 anos.

Já os camundongos idosos que ingeriram a urolitina A passaram a correr 42% a mais. E esta melhoria ocorreu sem que eles tivessem qualquer ganho de massa muscular, o que sugere que a urolitina melhora a qualidade das células musculares já existentes, em vez de sua quantidade.

Mitocôndrias novas
Quando a equipe foi mais a fundo nos efeitos, eles descobriram que a urolitina parece melhorar o rendimento das células musculares fazendo-as eliminar as mitocôndrias danificadas - as mitocôndrias são consideradas as usinas geradoras de energias das células.

Sem as mitocôndrias de menor rendimento, as restantes se dividem e se multiplicam para suprir a falta daquelas que foram eliminadas. Isto significa que a célula passa a dispor de mais energia e trabalha de forma mais eficiente.

O professor Auwerx afirma que a urolitina A é o único composto químico descoberto até hoje que é capaz de melhorar a musculatura: outros tratamentos experimentais concentram-se na produção de mais músculos.

A equipe está agora realizando um estudo clínico da urolitina A em humanos para ver se o composto consegue reduzir a fragilidade muscular à medida que envelhecemos.

Os resultados em animais foram publicados na revista Nature Medicine.

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