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ALIMENTAÇÃO NA GESTANTE.

sábado, 4 de fevereiro de 2017
A gestação provoca diversas modificações fisiológicas no corpo da mulher. É um período no qual os cuidados em geral devem ser redobrados e não poderia ser diferente em relação à alimentação.

As gestantes devem ter uma dieta equilibrada e variada, porém não é incomum nos esquecermos de falar a respeito dos alimentos que não têm seu consumo totalmente liberado nesse período da vida reprodutiva.

Por exemplo, é importante evitar o consumo de alimentos mal cozidos como carnes mal passadas, peixe cru, leite e seus derivados não pasteurizados, doces ou outras preparações que levam ovos crus, pois o risco de contaminação e infecções por salmonela ou toxoplasmose é aumentado, podendo trazer prejuízos importantes a gestação.

Alimentos industrializados em geral contém excesso de sal e de açúcar, devendo ser reduzidos ou até mesmo eliminados, por outro lado a ingesta de água (filtrada ou fervida) deve ser aumentada na gestação, estando recomendado cerca de 3 litros ao dia.

O cuidado com a higiene é imprescindível, sendo necessário lavar muito bem todos os alimentos que serão consumidos crus, como frutas e verduras, e dependendo até se indica remover a casca de algumas frutas e legumes.
CONFIRA AQUI A LISTA COMPLETA DOS ALIMENTOS QUE DEVEM SER EVITADOS NA GESTAÇÃO:
QUEIJOS PASTOSOS
Cuidado com os queijos pastosos maturados como o brie, camembert, danish blue e gorgonzola, assim como os que geralmente não são pasteurizados como o feta, roquefort e queijo branco, pois pode estar presente uma bactéria chamada Listeria, que tem sido frequentemente associada ao aborto espontâneo, parto prematuro e natimorto ou morte do recém-nascido. Consuma apenas queijos cujo rótulo esteja escrito “feito com leite pasteurizado” ou “produto pasteurizado”.
Cerca de 30% das mortes por listeria envolvem mulheres grávidas e seus fetos, portanto consuma apenas os produtos pasteurizados.

OVOS CRUS
Ovos moles, molhos feitos de ovos crus ou pouco cozidos, ou qualquer alimento que leve ovos crus devem ser terminantemente evitados durante a gestação.
Tanto a clara quanto a gema devem estar bem cozidas, para evitar contaminação e infecção por salmonela que geralmente levará a quadros de diarreia e vômitos graves que além de levar a desidratação ainda podem provocar parto prematuro.
Evite: Gemada, sorvete caseiro, Maionese, Ceasar salad, Molho holandês e qualquer outro molho caseiro que leve ovos crus, massas cruas de preparo de bolos, pães ou biscoitos também não devem ser provados.

SOBREMESA CASEIRA
Muitas sobremesas caseiras, como mousses, merengues e tiramisus, também contém ovos crus.
Tenha novamente atenção ao rótulo das cartelas de ovos, e só leve os que são pasteurizados.

FRUTAS E VEGETAIS
Frutas e vegetais que não foram pré-lavados e higienizados não devem ser consumidos, pois podem estar contaminados por um protozoário chamado Toxoplasma Gongii que é o causador da doença toxoplasmose. A toxoplasmose antes do nascimento pode provocar:
Aborto espontâneo;
Parto prematuro;
Malformações do feto;
Baixo peso ao nascer;
Morte ao nascer.

E após o nascimento, os riscos são:
Alterações no tamanho da cabeça do bebê, meningite e retardo mental;
Estrabismo, inflamação ocular e até cegueira;
Icterícia e Aumento do fígado (hepatomegalia)
Anemia e Surdez.

CARNES CRUAS OU MAL PASSADAS
Frango, bovinos, salsichas, hambúrgueres e também as de peixes devem ser consumidas cozidas, pois também há o risco da toxoplasmose
Mesmo as mulheres que já tiveram infecção previam a gestação pelo protozoário, está proibido o consumo de
carnes cruas, pois há ainda risco de infecções gastrointestinais pelas bactérias Salmonela e Escherichia coli.

PATÊS E PASTAS DE CARNE E FRUTOS DO MAR DEFUMADOS
Evite, pois podem abrigar a bactéria Listeria.

SALSICHAS E FRIOS
Devem ser cozidos antes do consumo, pois podem ter se contaminado por Listeria depois do seu processamento.

PEIXE CRU E SUSHIS
Consuma peixes e frutos do mar bem cozidos ou que tenham sido congelados primeiro, pois alguns peixes podem ter vermes parasitas que podem provocar doenças.

PEIXES COM MERCÚRIO
Peixes podem ser essenciais na gestação, pois fornecem ácidos graxos ômega-3, sendo o DHA o mais importante para a formação do sistema nervoso (funções cognitivas) e da retina (acuidade) do bebê.

Omega-3 está associado também a redução de desenvolvimento de pré-eclâmpsia, entretanto certos peixes têm altos níveis de mercúrio.

O mercúrio presente no ar entra em contato com a água do mar. 80 a 95% do mercúrio nos peixes está na forma de metilmercúrio, substância que pode causar danos neurológicos e problemas graves de desenvolvimento no bebê, portanto as grávidas devem evitar o consumo de peixes predatórios grandes, como peixe-espada, tubarão, arenque, cação e cavala.

Peixes criados em cativeiro também podem ser perigoso durante a gravidez, pois podem conter bifelinas policloradas (PCB), toxinas ambientais que provocam problemas neurológicos e do desenvolvimento fetal.
Peixes com altas concentrações de mercúrio:
Garoupa
Tubarão
Espadarte (peixe-espada)
Cação
Marlin

É aceitável o consumo moderado de atum, camarão, badejo e bagre e o consumo de peixes gordurosos como salmão e sardinha, assim como os peixes de couro devem ter também restrição da ingesta.

Peixes que podem ser comidos:
Salmão
Truta
Arenque
Sardinha
Enguia
Atum fresco

MARISCOS CRUS:
Os mariscos crus são os principais causadores das doenças transmitidas por frutos do mar, pois são os que mais se contaminam com bactérias.
Cozinhe ostras e mariscos até suas conchas se abrirem; aqueles que não abrirem, descarte.

BROTOS CRUS
Alfafa, trevo, rabanete e feijão podem conter bactérias como a salmonela e Escherichia coli causadoras de intoxicação gastrointestinal.
Todos os brotos devem estar bem cozidos antes de serem ingeridos.

PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS
Devem ser evitados, pois além de serem pobres do ponto de vista nutricional contém conservantes e sódio em excesso.

A OMS recomenda máximo de 2 g de sódio ao dia e há pesquisas apontando que o brasileiro chega a consumir 12g por dia, sendo um dos motivos da enorme prevalência de hipertensão no país.

Na grávida o excesso de sódio é ainda mais prejudicial pois provoca edema e também aumento da pressão arterial com riscos consideráveis para a saúde da mãe e do feto. Fuja dos molhos e temperos prontos, sopas, snacks e salgadinhos industrializados e alimentos congelados como lasanha, nuggets e pizzas.

BEBIDAS ALCOÓLICAS:
O consumo de qualquer bebida alcoólica na gravidez está associado ao atraso no crescimento e desenvolvimento do feto, mas é mais além, mesmo pequeníssimas quantidades de álcool são prejudiciais, estando altamente recomendado excluir todas as formas de bebidas alcoólicas durante o período gestacional e na amamentação.
CAFEÍNA:

O consumo de moderada quantidade de cafeína é seguro durante a gestação; entretanto o excesso pode levar a baixo peso ao nascer ou até mesmo ao aborto.

A quantidade permitida é menor que 200 mg de cafeína por dia.

Estudos observacionais mostram que uma ingestão > a 300mg/dia se associou a um > risco de aborto espontâneo, baixo peso ao nascer e morte fetal tardia.

As recomendações ficam em 0,43 a 0,85mg/ml de café em pó ou 0,61 a 0,82mg/ml de café instantâneo, ou o equivalente a cerca de no máximo três xícaras de 240 ml de café coado ou duas de expresso, mas se possível não se ultrapasse de 1 xícara de café por dia e sempre com conhecimento médico.

Vale lembrar que a cafeína também está presente em refrigerantes, chás (chá preto, chá verde), chocolates e bebidas energéticas, sendo assim, além de colocar na conta essas bebidas, o melhor é evitar o consumo, além disso é muito comum sintomas de azia e refluxo na gestação, sendo comem que estes sejam piorados devido ao consumo da cafeína.

CHÁS
Não há comprovação científica de que os chás, pelo menos não todos, são seguros durante a gestação, não estando recomendado por exemplo o uso chás de Hidraste ou de Boldo, já que podem aumentar as contrações uterinas, aumentando o risco de aborto ou parto prematuro.

O chá de gengibre não deve ser consumido com frequência e não mais que 1g/kg de peso corporal, mas como é muito difícil estabelecer essas medidas, o ideal é evitar consumir além de 2 xícaras deste chá ao dia durante toda a gravidez.

Chá preto, mate, branco e o chá verde devem ser evitados durante a gravidez por conterem cafeína.

O chá de camomila (Matriaria recutita) está liberado, já o chá de camomila romana (Chamaemelum nobile) não deve ser consumido na gravidez porque está associado a maior risco de aborto ou alterações no desenvolvimento fetal.

É importante evitar também os chás de arruda, hibisco, buchinha do norte, confrei, melão-de-são-caetano, poejo e losna, pois são potenciais abortivos.

O chá de canela, está contraindicado pois pode provocar vasoconstrição sanguínea e contração uterina; já o chá de hortelã reduz a produção de leite e deve ser evitado principalmente durante a amamentação.

Outros chás como o chá de Cúrcuma, Cravo-da-Índia e o de Dente-de-Leão, não estão contraindicados na gravidez, no entanto, seu uso só deve ser feito sob orientação médica e também com controle de quantidades.

Plantas medicinais também devem ser evitadas durante a gravidez, por exemplo o óleo de Erva Doce pode aumentar os níveis de estrogênio, estimulando sangramento menstrual e há muitos outros fitoterápicos que são contraindicados neste período da vida reprodutiva.

Os chás não são totalmente proibidos na gestação, mas há uma variedade grande e, portanto, possibilidade de escolhas melhores e mais seguras.

O ideal é ter cuidado para não exagerar nas quantidades, principalmente dos chás que não são recomendados ou totalmente liberados na gestação e sempre informar ao médico e esclarecer dúvidas com profissional da área.

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